Como e porque nasceu a AZAB?
A primeira regata britânica de Iates de longa distância para velejadores em Solitário, foi a OSTAR, que segundo consta surgiu a partir de uma aposta de meia coroa e foi realizada pela primeira vez em 1960. Apenas quatro iates deixaram Plymouth, alcançando todos Nova Iorque em segurança.
Em 1972, Chris Smith escreveu uma carta para a revista Yachting World, sugerindo a realização de uma curta regata oceânica. Como resultado, Andrew Bray, Spud Spedding e Colin Drummond reuniram-se com Chris para discutir a criação deste percurso. O Royal Cornwall Yacht Club concordou em sediar este propósito, e o arquipélago dos Açores foi traçado como um destino ideal – distante o suficiente para proporcionar um verdadeiro desafio dentro de um prazo de quatro a seis semanas e ser agradavelmente “estrangeiro” à chegada, com um percurso livre das principais rotas marítimas. O 1º AZAB aconteceu em 1975 com 52 barcos.
Com tal afluência, e tantos competidores a pedir pela repetição do evento, foi decidido manter o AZAB em intervalos de quatro anos. A segunda regata em 1979 aceitou embarcações com um ou dois competidores, uma decisão que se revelou popular, já que em 1999 apenas um iate em 10 era velejado sozinho. O percurso cobre pouco menos de 2.500 quilómetros de oceano, aproximadamente 1220 milhas em cada perna. A maioria dos iates costuma demorar entre 7 e 10 dias para chegar aos Açores, permitindo uma semana ou mais para relaxar e reabastecer a passagem de regresso.
AZAB 2019
Naquela que é a 13ª edição do evento, a regata terá o seu início, como sempre, a partir de Falmouth no dia 01 de junho, estando previsto a chegada dos primeiros competidores à baía de Ponta Delgada, a partir do dia 05 de junho.
O acompanhamento da evolução da regata poderá ser feito site da Internet da AZAB, pois todos os barcos dispõem de um dispositivo de localização, que em tempo real transmite a sua posição. A partida de Ponta Delgada está prevista para o dia 18 de junho.
Até ao momento estão confirmadas cerca de 55 embarcações, mas as inscrições poderão ser realizadas até o dia 01 de maio, daí ser expectável que este número aumente consideravelmente.
A AZAB não sendo uma regata de primeira linha em termos de competição, é uma das principais que servem de lançamento para as provas de mar transatlânticas. Outra característica é o facto de ser organizada por um clube, isto é, sem qualquer finalidade comercial ou económica.
Foi em 1995 que pela primeira vez participaram iates açorianos, “MOPAT “de Manuel Mota e Armindo Furtado e “SUPERCHA” de Paulo Menezes e Carlos Pato. Estes últimos foram os únicos a fazer a regata completa, isto é, fizeram 4 viagens entre Ponta Delgada e Falmouth.
Na edição seguinte o skipper Manuel Mota voltou a marcar presença no evento, desta vez acompanhado por, Marco Sousa no iate “Oasis”. Rui Mendonça e Pedro Carreiro estrearam-se na prova, a bordo da embarcação “Celtic Dream”.
O ano de 2003 regista a última participação açoriana na AZAB. O médico Rui Mendonça e o seu irmão Nuno Mendonça foram os competidores, a bordo do barco “Aphrodite”.
Em 1999 e 2003 os velejadores realizaram apenas o percurso Falmouth/Ponta Delgada.
O CNPDL como vem sendo hábito tratará de toda a organização social da receção à regata, além de fazer a chegada dos barcos, assim como a partida da regata
Para a partida o CNPDL tem contado sempre com a indispensável colaboração de Marinha Portuguesa, pois esta é dada entre uma bóia e a Corveta.
Para a chegada dos iates e enquanto a linha de chegada estiver aberta, ou seja, durante cerca de uma semana, um grupo de Sócios do Clube assegura durante 24 h por dia a receção aos barcos.
A AZAB 2019 promete mais uma vez marcar uma página na vida do CNPDL, estando o clube devidamente preparado para acolher os velejadores e familiares que deslocar-se-ão aos Açores, providenciando uma estadia para mais tarde recordarem e acima de tudo, transmitir uma boa imagem dos Açores e do clube, que os receberá de braços abertos nos dias que ficarão atracados. É também uma oportunidade para os estreantes nesta competição conhecerem as belezas naturais da nossa ilha, vivenciar os nossos costumes ou degustar a nossa gastronomia. Para quem já esteve na ilha poderá de certa forma “matar as saudades” de São Miguel.
Assim a AZAB além de ser um evento turístico em si, também é um bom meio de divulgação turística, pois quando os velejadores se juntam o que mais falam é de barcos e das suas viagens, e nós ao recebe-los bem de certeza que vamos ser falados.