Modalidades e a sua história

Atividades Subaquáticas

Vocacionada para proporcionar ao sócios do Nosso Clube Naval, e aos praticantes externos, momentos de lazer, descontração e confraternização, a Secção de Atividades Subaquáticas é relativamente jovem – conta apenas 33 anos – num Clube já centenário. Mas, ao longo da sua existência, tem tido percurso bastante notório.

Desde o seu início, no final da década de 60, e até ao atual momento, a Secção de Atividades Subaquáticas tem formado com regularidade, através da sua Escola e numa média de dezena e meia de pessoas por ano, mergulhadores de ambos os sexos e de diversos escalões etários.

Os seus monitores são mergulhadores amadores que adquiriram a formação adequada e necessária até atingirem o grau de monitores. Os cursos de mergulho são ministrados uma vez por ano, geralmente no mês de Maio, para assim permitir aos praticantes exercerem a sua atividade durante a época balnear. Para alguns, a entrada no mundo subaquático é feita pela primeira vez no curso, o que provoca no futuro praticante da modalidade uma certa inquietude e alguma ansiedade para conhecer os mais variados locais de mergulho ou os mais procurados, seja durante a época ou ao longo do ano.

Anualmente a Secção de Atividades Subaquáticas elabora um programa com  a previsão do ano em termos de formação, mergulhos, passeios, mergulhos noturnos e outras atividades. No ano do Centenário, vai ser implementada a nova modalidade do mergulho em apneia que, por ser uma atividade muito exigente,  vai ser alvo de uma formação informativa rigorosa em termos da sua prática. No entanto, num futuro próximo, esta formação poderá vir a ser complementada com um segundo módulo de apneia avançada.

O Tiro ao Alvo Subaquático é outra das modalidades que se pretende incrementar; derivando diretamente do mergulho em apneia, será  realizado este ano no Clube Naval de Ponta Delgada o primeiro concurso de tiro ao alvo subaquático.

À semelhança do que tem sido feito nos anos anteriores, e que já se tornou uma tradição, a Limpeza à Marina Pêro de Teive movimenta um número cada vez maior de pessoas, seja dentro de água ou no exterior. Num mundo onde as preocupações ecológicas deveriam ser ainda mais reais e pertinentes, manter a Marina de Ponta Delgada com bandeira azul hasteada através desta atividade não é certamente comum.

Ao fim de trinta e três anos da sua existência, foi criado um logotipo que simbolizasse a Secção de Atividades Subaquáticas do Clube Naval de Ponta Delgada, que será a face visível da secção em eventos desportivos e mesmo em merchandising.

Para que a Secção de Atividades Subaquáticas do Clube Naval de Ponta Delgada continue em força, torna-se necessário manter o dinamismo que tem marcado os seus planos de atividades e os seus adeptos nos últimos tempos.

Por isso se crê que a Secção de Atividades Subaquáticas  do Clube Naval de Ponta Delgada tem barbatanas para nadar, ar para respirar e colete para vir à superfície.

Iatismo

Como atividade organizada, o iatismo surgiu no Clube Naval de Ponta Delgada nos anos 80. Muitos têm sido os iates, regionais ou estrangeiros, através de regatas locais ou internacionais, que têm marcado a história do iatismo.

Hoje em dia, e apesar das magras participações em provas, a atividade da Secção de Iatismo, desde a sua institucionalização, tem-se mantido constante. Porém, pode dizer-se que o número global de participantes em regatas organizadas pelo Clube Naval é significativo, tendo em conta o limitado parque de iates e a falta de interesse pela competição por parte de alguns skippers que preferem usufruir da sua embarcação para puro lazer, sem se sujeitarem à pressão que uma regata naturalmente sempre origina.

Mas, sem desistir, o Clube tem lutado permanentemente para incentivar as participações nas suas provas, assim como em outras que projetem o nome dos associados que se dedicam à modalidade, e tem procurado, ao mesmo tempo, melhorar o modelo de organização da Secção de Iatismo.

São indicativos deste empenho as diversas participações na regata internacional Azab – Falmouth/Ponta Delgada, que ocorre de quatro em quatro anos, e na Atlantis Cup anual, participações estas sempre acarinhadas pelo Clube Naval.

Em termos organizativos, a Secção de Iatismo passou recentemente por uma profunda reformulação e revela, neste ano do Centenário, uma maior prontidão e eficácia nos seus aspetos administrativos, técnicos e desportivos.

De não esquecer, no entanto, o cariz de voluntariado de alguns sócios nas diversas organizações da Secção; de realçar, ainda, a sempre pronta colaboração do corpo de Juízes de Regata, dos sócios do Clube Naval (que constituem as Comissões de Regata e de Protestos) e que, pela sua competência, disponibilidade e espírito de entre ajuda com os praticantes, têm colaborado constantemente com a direção de cada prova e a direção do próprio Clube Naval.

Tendo em conta que o ano de 2001 é o ano do Centenário, o calendário de provas foi valorizado e algumas provas de destaque foram reservadas para o engrandecimento das Comemorações, como a Regata da Comunicação Social, a Regata do Centenário ou  a Volta à Ilha de São Miguel.

Finalmente, 2001 é também o ano em que se disputa, pela segunda vez, a classificação para o ranking de iatistas do Clube Naval de Ponta Delgada.

Jet-ski

A atividade de motas de água teve o seu início, de forma organizada, em 1993, com a 1ª edição da Volta à Ilha de São Miguel em Jet Ski. Esta ideia, de Horácio Franco e Sebastião Pessanha, agregou igualmente à equipa organizativa Jorge Carreiro e Geraldo Pestana, e conduziu ainda, naquele ano, à 1ª Travessia São Miguel/Santa Maria/São Miguel, que ficaria incompleta devido às más condições de mar. A partir de 94 aquela equipa, que já contava com Carlos Carreiro substituindo Jorge Carreiro, encarregou-se de não só continuar a atividade de lazer como formar a futura secção de Jet Ski, que tomou forma oficiosa em Agosto do mesmo ano e oficial, com a revisão do Estatuto, em 1998.

Continuando com voltas à ilha de São Miguel e com travessias para Santa Maria, bem sucedidas nas edições dos três anos seguintes, as atividades de lazer cresceram e estenderam-se às outras ilhas, com a realização de três edições da Volta ao Grupo Central em Jet Ski; fechou-se o ciclo Açores em 1999, com um evento realizado entre as ilhas de Flores e Corvo, ligando assim todo o arquipélago em motas de água.

A competição na modalidade de Jet Ski deu os seus primeiros passos com provas no âmbito do Clube. Em 1998, pela primeira vez, um piloto açoriano, Luís Machado, participou numa prova do Campeonato Nacional de Endurance no Estoril. Consolidado o Campeonato de ilha em São Miguel, a par com o processo de federação, foi ainda nomeado Delegação da Federação Portuguesa de Jet Ski o Clube Naval de Ponta Delgada e Delegado da FP Jet Geraldo Pestana, que é integrado, por inerência, na Direção da Federação, conseguindo que a FP Jet e o CNPD assinassem um protocolo por forma a suprir os custos inerentes à distância entre o continente e as ilhas.

Estavam criadas as condições de base para que os Açores se candidatassem à realização de provas do Campeonato Nacional de Endurance. Assim, em 11 de Abril, coube ao Clube Naval de Ponta Delgada a organização da 1ª Prova do Campeonato Nacional de Endurance de 1999 e a Federação Portuguesa de Jet Ski convidou o açoriano Horácio Franco para Diretor da mesma prova, que se manteria nestas funções ininterruptamente até 2001. Com 35 equipas do continente, 8 locais e 1 da Terceira, o sucesso da prova quis que durante os últimos 3 anos os Açores fizessem parte do Ranking Nacional de Jet Ski, passando assim a ser organizada na região a 1ª Prova do Campeonato Nacional de Endurance de cada época.

Na 2ª prova do Campeonato Nacional de Endurance da época de 1999, somados os pontos das 2 provas, a 1ª em Ponta Delgada e a 2ª no Estoril, a equipa açoriana do CNPD, composta por João Gomes e Sebastião Pessanha, sobe ao pódio classificando-se em 3º lugar da classificação geral, recebendo assim a medalha de bronze na Gala dos Campeões Nacionais. Ainda em 1999, três açorianos (Carlos Carreiro, António Andrade e Sebastião Pessanha) fizeram parte da equipa de comissários de partida e de segurança, numa prova do Campeonato Europeu, atuação que lhes mereceu, da parte dos juízes belgas, largos elogios.

Em Abril de 2001, o Clube Naval de Ponta Delgada assiste na sua sede, e para todo o país, à convocação da Seleção Nacional, com a presença dos pilotos João Gomes e Sebastião Pessanha. Em Junho do mesmo ano participam no Campeonato do Mundo de França em Oleron, onde alcançam, num total de 405 participantes, o 42º e o 33º  lugares, respetivamente.

O entusiasmo pelas disciplinas de Jet Ski e de motas de água cresce, atraindo igualmente camadas mais jovens. Em 2000, Carlos Carreiro, o Diretor do CNPD com o pelouro do Jet Ski, persegue com determinação a ideia de criar no Clube uma escola. Sem apoios oficiais para a formação, Carlos Carreiro conseguiu os dois primeiros Jets. Em Novembro desse ano abre o primeiro curso de iniciação ao Jet Ski com 7 alunos, contando apenas com os modestos recursos financeiros do Clube e apoios privados parciais: nascia assim a primeira escola de Jet Ski em Portugal.

Pela crescente adesão a modalidade, tornava-se cada vez mais urgente a criação de uma associação de âmbito regional que congregasse clubes, pilotos e que facilitasse o diálogo com as instâncias desportivas regionais e nacionais, assumindo a defesa dos direitos e deveres de fomentar o Jet Ski, da formação adequada e da criação de condições de prática e regulamentação própria em todas as ilhas. Em 2000 é aprovada em Assembleia Geral do CNPD a integração do Clube na Associação de Jet Ski dos Açores, sendo criada uma comissão instaladora, não oficial, para o órgão associativo em causa composta por Carlos Carreiro, Geraldo Pestana, Horácio Franco e Sebastião Pessanha e aderindo logo de seguida ao projeto o Clube Naval da Horta.

Motonáutica

Anteriormente apelidada de Secção de Motor, a atual Secção de Motonáutica do Clube Naval de Ponta Delgada congrega diversas atividades, como os passeios náuticos – vocacionados essencialmente para o convívio entre os adeptos – as provas de pesca de corrico, ou Big Game Fishing, e os cursos de deck mate para iniciação à pesca de corrico, seja costeiro ou de alto mar.

No que concerne a atividade de Big Game Fishing, a Secção tem-se destacado pelos recordes obtidos a nível nacional no ano de 2000, devidamente registados na Federação Portuguesa de Pesca Desportiva de Alto Mar: Rui Baptista, com um atum patudo de 81 kg.; Hélio Dias com um atum voador de 8 kg.; Eduardo Branco, com uma serra de 5 kg.; Jaime Cabral, com um bonito de 10,800 kg.; e João Lopes de Castro, com uma bicuda de 8,200 kg.

São cerca de 100 os adeptos da Motonáutica que, fielmente, participam nas competições ou nos momentos de lazer da sua Secção, seja como praticantes devidamente encartados, seja como apoiantes.

Das embarcações que têm acompanhado a vida da Secção, atualmente constam 4 com um comprimento superior a 10 metros, 4 com mais de 8 metros, 6 com comprimento maior que 6 metros e meio e 20 com mais de 4 metros e meio.

Muitos têm sido os eventos marcantes na história da Motonáutica no Clube Naval de Ponta Delgada. De destacar, o Campeonato Nacional aos Atuns, o Campeonato de São Miguel – que incluiu 5 provas de corrico costeiro e 1 prova de Big Game Fishing – e o Passeio das 100 Milhas Náuticas, que ligou as ilhas de São Miguel e Santa Maria.

Como projetos de futuro, a Secção de Motonáutica pretende dar continuidade aos eventos desportivos já efetuados, e que pela adesão e projeção obtidas, provaram ser do máximo interesse para esta modalidade, assim como estabelecer a Volta à ilha de São Miguel a motor.

Natação

Depois de alguns anos de interrupção na Escola de Natação do Clube Naval de Ponta Delgada, o Professor Carlos Martins iniciou a natação no Clube com uma escola de natação no verão. As aulas eram dadas na rampa, nas instalações antigas deste clube, e realizavam-se algumas competições de milha e de meia milha. Foi nesta altura que aconteceu a primeira deslocação nacional de 4 nadadores à prova de travessia do Rio Tejo. Estes atletas preparavam-se nadando 6 vezes, todos os dias, o percurso entre o Clube Naval antigo e a então piscina de S. Pedro; aos fins-de-semana acampavam nas Furnas e treinavam na Lagoa, num total de 10 km.  por dia. Na prova da travessia, Rodrigo Rodrigues foi o primeiro do escalão dos mais jovens, Augusto Silva obteve o terceiro lugar, William Gosling o 41º e Marco Couto Sousa apenas passou a meta, devido à corrente muito forte do rio.

No regresso destes jovens nasceu o gosto e a carolice pela natação. Neste ano foi construído um tanque de 12,5 metros no Pavilhão Gimnodesportivo, onde o Professor Carlos Martins iniciou uma escola do Núcleo de Natação da Delegação Geral dos Desportos; aí, já se treinava no inverno e daí nasceram bons nadadores. Para continuar o trabalho no Clube Naval, o Professor Carlos Martins deixou como  discípulo Augusto Silva, que tirou o curso de monitor de 4º grau na Federação Portuguesa de Natação, juntamente com William Gosling.

Augusto Silva herdou muitas crianças do Núcleo de Natação, alguns com bastante talento, que vieram a ser o futuro da escola de Natação do Clube Naval Ponta Delgada.

Dois anos depois, foi construída a piscina das Laranjeiras, com 25 metros, que possibilitou treinos mais avançados. Nesse ano, recebeu-se a equipa do Clube TAP, do Professor Vasconcelos Raposo, para um estágio com os nossos atletas, não concretizado devido à avaria da dita piscina, o que significou o retorno ao passado, ou seja, o mar.

No ano seguinte foi possível voltar para a piscina das Laranjeiras, para onde foram transferidos os atletas de aperfeiçoamento, pré competição e competição. Foi assim que a competição começou a dar os primeiros saltos qualitativos com os nadadores mais novos, agora prontos para as competições nacionais. De forma a se poder participar nesses campeonatos foi criada a primeira comissão instaladora de natação em S. Miguel que, dois anos mais tarde, deu lugar à Associação de Natação de S. Miguel. Os nossos nadadores foram obtendo mínimos para os campeonatos nacionais e alguns subiram aos pódios nacional e internacional, onde se destacam, entre 1983 e 1990, Teresa Alves, Ricardo Bettencourt, Ricardo Cordeiro e Hélder Tavares. A partir de 1991, salientam-se nadadores como Bruno Carreiro, que foi nono nos 100 metros mariposa e décimo nos 200 metros mariposa no Campeonato Nacional  de Infantis em Coimbra, e Ana Rita Santos, com 6 mínimos nacionais nos Campeonatos Nacionais de Infantis em Loulé.

Em 1995, as equipas masculina e feminina participaram no Campeonato de Clubes da 4º Divisão Nacional, com a primeira ascensão para a 3º Divisão Nacional, com as atletas Carla Sebastião, Dulce Moreira, Ana Rita Santos, Mónica Franco, Maria João Vasconcelos e Carolina Matos, tendo essas equipas obtido alguns recordes ainda por bater. Nos masculinos, destaque para os jovens Ricardo Cordeiro, Bruno Carreiro, Eduardo Pacheco e João Marques.

Entre 1996 e 1998, destaque para Pedro Pereira –  que pela primeira vez baixou a barreira de 1 minuto, fazendo 58.69 nos 100 metros livres, 1.05.46 nos 100 metros mariposa e 1.07.17 nos 100 metros costas. Também desta época, Mónica Franco que conquistou o quinto lugar no Nacional com 35.91 nos 50 metros bruços e nono nos 100 metros bruços com 1.19.71, batendo assim a barreira dos 1.20.00.

Ao longo dos anos a Escola de Natação tem acolhido um elevado número de praticantes, com cerca de 800 alunos e 13 professores qualificados, tanto na piscina do Clube Naval como nas instalações da Escola das Laranjeiras. Atualmente, a Escola conta com 50 nadadores de competição que, por exemplo, obtiveram no Meeting Internacional de Badajoz 2 medalhas de prata (André Fortuna e Nuno Leite) e 1 de bronze (Francisco Matos), para além dos 4º e 5º lugares, tendo o Clube Naval sido a segunda melhor equipa portuguesa desse Meeting. Esta mesma equipa é possuidora de vários recordes regionais de absolutos e de escalão, com algumas participações em campeonatos nacionais e internacionais.

Remo e Canoagem

Se outrora o remo nos Yolles do Clube Naval de Ponta Delgada foi uma atividade marcante na bacia da cidade, hoje é a canoagem – seja em canoas de um ou de dois lugares – que mais se destaca dentro da sua secção.

Fundada em 1996, a Secção de Remo e Canoagem surgiu devido à crescente adesão dos jovens a estas modalidades e por necessidade de afirmar e estruturar a canoagem a nível competitivo.

A canoagem é um desporto que exige um grande esforço físico em termos competitivos e uma excelente preparação física, quer se pratique apenas por lazer, quer se participe em provas oficiais; a sua prática possibilita um contacto muito direto com o mar e sem sujeição a ventos de feição, próprios da vela ou do windsurf, apesar de, como modalidade, estar essencialmente ligada ao Verão e ao bom tempo.

Desde a criação da Associação Regional de Canoagem, na ilha Terceira, que todas as provas efetuadas pelo Clube Naval de Ponta Delgada ganharam um estatuto oficial e meritoriamente comparado ao das provas nacionais e internacionais.

Com uma atividade constante, a Secção de Remo e Canoagem efetua, de Fevereiro a Outubro, provas mensais em que o os atletas do Clube Naval se preparam para prestações de relevo nas provas de competição. Exemplo disso é o excelente nível de lugares de destaque atingido no Campeonato Regional de 2000, na ilha do Faial, em que o Clube Naval de Ponta Delgada conquistou vitórias em todos os escalões de participação: infantis (dos 6 aos 12 anos), cadetes (dos 12 aos 15 anos), juniores (dos 15 aos 17 anos) e seniores (dos 18 em diante).

Atualmente com mais de 20 praticantes, a Secção de Remo e Canoagem tem por objetivos – através do permanente aperfeiçoamento das prestações dos seus atletas em termos competitivos –  não só a participação no Campeonato Regional, a decorrer na ilha Terceira, ou a realização de provas integradas no programa do Centenário (como a prova ao longo da costa sul, com projeção a nível nacional e, quiçá, internacional), como também a continuação dos cursos de férias junto dos jovens para obter uma maior divulgação da modalidade.

Vela

A prática de vela ligeira, no Clube Naval de Ponta Delgada, teve o seu início por volta de 1939, quando um grupo de sócios se dedicou à modalidade. Pouco tempo depois, com a aquisição de barcos da classe Vouga e, mais tarde, da classe Optimist, a vela desenvolveu-se para se tornar uma das modalidades mais emblemáticas do Clube Naval de Ponta Delgada.

Nos anos que se seguiram, e devido ao crescente número de praticantes, foram organizadas várias regatas, passando a ser uma constante a presença de embarcações a vela na baía de Ponta Delgada, tanto por lazer como por desporto.

Quando, pela implantação que teve, a modalidade vela já tinha dados provas da sua grande aceitação pelos sócios, o Clube Naval, no ano de 1952, filiou-se na Federação Portuguesa de Vela. Desde então, a Secção de Vela tem sempre acompanhando a evolução técnica e tática desta modalidade, mantendo uma escola de vela que iniciou no desporto muitos jovens e sendo, por isso, uma referência desportiva da cidade.

O sucesso da Secção, tanto a nível de formação como de competição, na segunda metade do século XX,  permitiu que o Clube Naval, nos dias de hoje, seja uma referência da vela Regional e Nacional. Na viragem do século, o Clube Naval de Ponta Delgada e a sua Secção de Vela apresentam uma estrutura extremamente sólida tanto a nível competitivo como de formação. Cerca de meia centena de jovens  praticam vela e representam este clube em provas de âmbito regional, nacional e internacional. O clube encontra-se apetrechado com várias embarcações nas classes Optimist, L’Equipe, Laser Radial, 420 e Laser Standard.

A escola de Vela  funciona durante todo o ano, sem interrupções, tendo o seu ponto alto no mês de Julho, altura da abertura do curso de iniciação; e é no mês de Julho que decorre o Campeonato Regional de Escolas de Vela, prova esta que o Clube Naval venceu pela primeira vez em 1999. A grande aposta na formação e o desenvolvimento que a Vela teve, nos últimos 5 anos, têm vindo a ser recompensados com a conquista, por parte dos seus atletas, de vários títulos:  vencedores do Campeonato Regional de Optimist em 1998, 1999, 2000 e 2001; vencedores do Campeonato Regional de 420 e Laser Radial nos últimos 3 anos; na classe Laser Standard, a vitória no Campeonato Regional não foge aos atletas deste Clube desde 1996; na classe L’Equipe, implantada desde 1993, os atletas do Clube Naval colecionaram 6 títulos regionais, 4 presenças em Campeonatos da Europa, e como expoente máximo, a vitória no Campeonato Nacional desta classe no ano 2000.

Sendo o Clube Naval onde a modalidade vela é a mais representativa dos Açores, projeta também uma forte imagem a nível nacional, quer pelos resultados obtidos, quer pelas excelentes organizações de eventos, sendo uma presença regular no calendário de provas da Federação Portuguesa de Vela.

Windsurf

A modalidade de Windsurf teve o seu início no Clube Naval de Ponta Delgada no princípio dos anos 80, através de alguns entusiastas do mar que quiseram experimentar uma nova forma de andar à vela – numa prancha e não num barco – e uma nova forma de fazer surf – com uma vela ao invés de apenas uma prancha. O vento é o fator mais importante, mas conta igualmente uma boa preparação física e conhecimentos gerais sobre navegação.

Apesar de ter estado desativada durante alguns anos, a Secção de Windsurf, nos últimos 12 meses, tem crescido a um ritmo constante, tanto ao nível de eventos, como de praticantes. São cerca de 30 os entusiastas de Windsurf no Clube Naval de Ponta Delgada que, regularmente, e quando o vento está de feição, se fazem ao mar, percorrendo parte da costa sul da ilha de Ponta Delgada ou apenas velejando na baía de Ponta Delgada. Cerca de 15 praticantes destes 30 entusiastas têm participado em diversos eventos desportivos realizados com a colaboração da ARVA e do Clube Naval de Ponta Delgada, tanto a nível de ilha, como a nível Açores – os eventos que compõem a Taça Açores.

No ano de 2001, o Clube Naval de Ponta Delgada foi palco da 1ª PAN – ou seja, a primeira prova de apuramento para o nacional – prova esta integrada no calendário desportivo das comemorações do Centenário.

E por este ser exatamente o ano do Centenário do Clube Naval de Ponta Delgada, a Secção de Windsurf vê o seu calendário de provas acrescido: uma regata todos os meses, para além das “6 Horas de Vela”, a realizar em conjunto com a Secção de Vela Ligeira.

Mas, para se fazer windsurf, não é preciso depender do mar: a Lagoa das Sete Cidades tem sido cenário, todos os anos, de provas apelidadas de “fun”. Ou seja, para se participar basta saber andar de prancha à vela e ter algum conhecimento do desporto em si. Esta iniciativa tem ganho um número crescente de adeptos, que se reúnem durante dois dias, não apenas pelo gosto pelo windsurf, mas também por preocupações ambientais e o prazer do convívio com outros entusiastas.